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O lado obscuro das fraldas.


7 riscos numa fralda só!

"As fraldas só foram introduzidas no mercado na década de 60 e elas sequer vinham com fitas adesivas, mas já eram recheadas por fibras de celulose. Eram fraldas grandes, pesadas, grossas. Nos anos 70 novas indústrias entraram no mercado das fraldas e pela concorrência os preços caíram, atingindo enfim a população dos EUA, da Europa, do Japão e da América Latina, enquanto aqui no Brasil, especificamente, fralda ainda era artigo supérfluo e utilizado em ocasiões como idas ao médico e aniversários ou viagens.

Foi quando as fraldas ganharam adesivos, maior absorção, qualidade noturna, elásticos e muitas melhorias cumuladas com o excesso de produtos químicos e críticas de muitos pediatras e ortopedistas pelo risco de deformidade dos ossinhos dos bebês. Nos anos 80 já com novo design e liberdade para as perninhas, as queixas vieram de ecologistas pelos malefícios à natureza uma vez que uma única fralda descartável pode levar até 500 anos para sua decomposição.

Daí pra frente descobriu-se o gel SAP (polímero poliacrilato de sódio – derivado do acrílico/petróleo - cancerígeno), as fraldas diminuíram de tamanho, espessura, peso e aumentaram ainda mais a capacidade de absorção, concomitantemente aumentando os índices de dermatites das áreas das fraldas e de riscos que sequer são mencionados como o de cegueira e câncer pelo contato com ingredientes hoje utilizados na produção das fraldas descartáveis como é o caso do SAP.

O mínimo e ético esperado é que os fabricantes alertassem os usuários os riscos do contato com esses ingredientes, não é verdade? Que pai ou mãe em sã consciência usaria em seu bebê um utensílio que, pode causar alergias, irritações, dermatites, fungos, assaduras e até cegueira? Pois é, mas o interesse da indústria não é o de ser sincera e preocupada com os nossos filhos e sim o de lucrar mais e mais e mais com a nossa submissão aos produtos que ela nos impõe." (PAZ, 2017 pg.14).

O que talvez você não saiba é que na composição das fraldas descartáveis estão, conforme as partes indicadas nas 07 setas da imagem acima, os seguintes itens:

(1) Filme de polietileno: polímero sintético, hidrofóbico, cuja função é ajudar a evitar o vazamento de líquido para fora da fralda.

(2) Polpa de celulose: polímero natural, hidrofílico. Associado às partículas do polímero superabsorvente, auxilia na retenção da umidade.

(3) Poliacrilato de sódio (flocgel): polímero síntético, superabsorvente, utilizado na forma de pequenos cristais. Material com grande capacidade de retenção de água.

(4) Não tecido de polipropileno: polímero sintético de natureza hidrofóbica. Após receber um tratamento com surfactantes, que reduz a tensão superficial do material (tornando-o hidrofí- lico), permite o escoamento do líquido para a camada absorvente. É a parte da fralda que tem contato direto com o bebê.

(5) Elásticos: polímero sintético, geralmente feito de fios de poliuretanas, borracha ou lycras, são utilizados para melhor ajuste das fraldas ao corpo do bebê.

(6) Adesivos termoplásticos: constituídos de polipropileno impregnado com adesivo, são utilizados para o fechamento das fraldas.

(7) Faixa de ajuste frontal: constituída de filmes de polipropileno, é colada com adesivos sobre a fralda. Sua utilidade é permitir abrir e fechar a fralda tantas vezes quantas forem necessárias, sem danificá-la.

(MARCONATO e FRANCHETTI, 2001 in Polímeros Super absorventes e as fraldas descartáveis: um material alternativo para o ensino de polímeros).

Poliacrilato de sódio é um produto químico que, embora não-tóxico é utilizado numa infinita gama de produtos. Ele representa diversos perigos para a saúde e para o meio ambiente. No caso da saúde, como simples irritação ocular ou até cegueira, se ingerido irrita as mucosas e o constante contato gera irritações na pele. Já no caso do meio ambiente pode ser ainda mais grave porque os riscos são irreversíveis, como entupimentos de escoamentos, esgotos, mananciais e reservas submersas, sem contar no uso de recursos para sua fabricação, mas ninguém fala sobre isso. Acredito que 90% das gestantes realizem chá de fraldas e certificam-se de ter estoque de fraldas porque sequer pararam para pensar o que contém nestes utensílios e os riscos do seu uso continuado. Sem contar no tempo de decomposição que as fraldas precisam para deixaram de poluírem o meio ambiente e o gasto absurdo que atinge em cheio a economia familiar, mais as árvores e recursos naturais utilizados em sua fabricação. .

Então, como seria possível ter um bebê sem compactuar com esse lado obscuro das fraldas?

Bom, são muitas as alternativas, e sem dúvida alguma o uso das Fraldas de Pano são as melhores possibilidades para não colocar nossos bebês em risco. Mas, o método que verdadeiramente vai atender o bebê e, principalmente, respeitá-lo em suas necessidades, desde o nascimento é a prática da Higiene Natural (HN). A HN consiste em atender os bebês nas suas necessidades de evacuação quando possível. Posicionando a criança para facilitar o ângulo anorretal e realizando uma comunicação estreita com nossos filhos. Com a HN, também temos muita:

" Economia; Não economizamos apenas em fraldas, mas em produtos e tempo também. Por incrível que pareça, economizamos tempo porque com a prática da HN o processo de ofertar o xixi e o cocô ao bebê se torna tão automático e rotineiro que o fazemos rapidamente. Além disso, o cocô não gera sujeira no corpo do bebê e por esta razão o tempo de limpeza é, pelo menos, 50% mais rápido do que seria se o cocô tivesse ficado em contato com a pele do bebê. A mesma razão para o xixi. Xixi feito fora da fralda muitas vezes nem precisa de limpeza, já é limpo, papel higiênico também é invenção moderna, mas só o papel pra absorver o excesso ou um lencinho, já é o suficiente, no caso do cocô, lavando com água e sabonete neutro na pia garante a tranquilidade do bebê. É por isso que economizamos também lencinhos, pomadas e todos os outros produtos que justamente gastamos se usarmos continuamente fraldas e se nossos bebês estiverem em contato com as próprias fezes. Como o xixi (ou a maioria deles) e os cocôs são feitos no penico, acabam-se todos os problemas e os gastos relativos.

 Ecologia; Diante de tudo o que já foi falado no sentido comercial, industrial e dos danos que uma única fralda causa ao meio ambiente, não há dúvidas também que com a prática da HN uma criança vai usar menos fraldas e por menor tempo, gerando menos resíduos e menor impacto ambiental. Fraldas descartáveis (FD) são uma ameaça ao meio ambiente, uma vez que da produção ao descarte há uso de uma quantidade absurda de água e de energia. Para serem produzidas, muitas árvores são derrubadas que embora recurso renovável, estamos longe de plantar uma árvore para cada uma que matamos e ainda tem os derivados de petróleo, recurso que além de não-renovável gera guerras, exploração humana e inúmeras mortes por todo o mundo. Compostas externamente por polietileno sintético - derivado de petróleo – e internamente poliacrilato de sódio e papel, a estimativa é que uma só criança gere por apenas UM ANO o descarte pelo menos 130 quilos de plástico (contando as embalagens), e 200 a 400 quilos de papel, sendo que em dois anos, estima-se que um bebê utilize 6mil FD, dobrando o número de quilos de lixo (mal) descartado. Neste ponto, entrando na seara do descarte, essa incontável quantidade de fraldas vai parar no lixo comum e aterros sanitários, sendo elas sozinhas responsáveis por 2 a 5% de cada lixão que existe no país. Mais triste é saber que o tempo de decomposição é de 400 a 600 anos (não há precisão) e que nosso país sequer tem coleta, descarte e reciclagem correta dos resíduos (estamos muito longe disso). A única usina de reciclagem de produtos descartáveis está localizada na Inglaterra, a 165 km de Londres em West Bromwich e transforma fraldas infantis e geriátricas e os absorventes femininos em capacetes de ciclistas e telhas. Alternativamente às FD estão de volta as fraldas de pano (FP), ganhando uma boa aderência nas famílias conscientes. Recomendo fortemente o uso delas na prática da HN, pois raramente haverá cocô na fralda o que facilita demais o uso e a lavagem economizando tempo e produtos. Porém, fora o fato de que há preconceito com seu uso e muitas famílias acreditem que o meio ambiente em que seus bebês irão viver não compense o tempo desprendido para a manutenção das FP, há grande resistência em seu uso porque o desconhecimento faz muita gente acreditar que elas não são higiênicas nem seguras, além de também demandarem gasto excessivo de energia, água e produtos para que fiquem limpas. Ainda assim, as FP causam menores danos ao meio ambiente. Por tudo isso, a HN se apresenta como melhor e mais ecológica alternativa às evacuações dos bebês.

 Resgate a um conhecimento ancestral; Mesmo num mundo globalizado, cada vez mais as pessoas estão em busca daquilo que é natural e desmedicalizado ou desindustrializado, isso porque, simplesmente, já chegamos num patamar em que seguir como estamos não dá mais. A cada dia surgem novas doenças e novas “curas”, porém, com um pouquinho de pesquisa ou abertura da mente, saberemos que ambas, doença e cura, são criadas pela indústria. Está aí a Bayer que comprou a Monsanto para nos provar na prática esse raciocínio. Também por causa da globalização e da descentralização humana, onde se esvai a conexão com o eu Divino, puro e natural, que podemos concluir que esse sistema moderno em que vivemos não tem nos levado a lugar algum se não às cirurgias desnecessárias, intervenções médicas, alopatização da vida e, é por isso que o resgate aos conhecimentos ancestrais vai ganhando vez e voz no cenário social. É na sabedoria ancestral que mora a cura do corpo, da mente, do espírito e do perespírito e a prática da HN entra justamente neste contexto, a proporcionar um (re) conhecimento daquilo que em verdade sempre fez parte da vida humana, a conexão e a naturalidade do ser com suas necessidades fisiológicas.

 Consciência corporal; A HN favorece ao bebê consciência de eliminação desde o nascimento e esta sensibilidade é desenvolvida com o reconhecimento de sensações internas do corpo somados ao relaxamento dos músculos para libertar voluntariamente a urina ou as fezes permitindo, portanto, que o bebê tenha desde cedo consciência de que as sensações sutis que sente indicam que a bexiga ou o reto estão cheios. Assim, o bebê pode avisar seus pais ou os pais podem (devem) antecipar essa necessidade utilizando um calendário ou a intuição para ajudá-lo. Quando um cuidador segura o bebê sobre um recipiente e emite um som familiar, por exemplo, “shiiiiiiii”, em seguida a criança relaxa e libera voluntariamente a urina se sua bexiga estiver cheia e ele estiver desconfortável. Ao bebê consiste em reconhecer, relaxar e soltar. A capacidade de soltar é diferente da capacidade de contrair e segurar ou reter, mas ambos são necessários para a continência completa, no entanto, a prática da HN é muito diferente das técnicas de controle esfincteriano, sequer visa esse controle. Mais tarde, quando de fato os músculos pélvicos estiverem reforçados e ele desenvolver o controle consciente dos esfíncteres, aí sim o bebê será capaz, se necessário, de conter e reter grandes quantidades de urina por mais tempo. Esse amadurecimento esfincteriano é feito de forma gradual, como consequência natural e inevitável, sem a atenção ou esforço especial que o desfralde tradicional exige. Por isso a HN gera uma grande consciência corporal no bebê e um forte estreitamento do vínculo emocional e físico das pessoas que praticam esse aprendizado com ele que será revertido em comunicação muito antes da criança falar" (PAZ, 2017 pg 41, 42 e 43).

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Referência:

PAZ, Fernanda. Bebê sem Fralda Brasil - Higiene Natural por Fernanda Paz, 2017. Livro Digital. Produção independente. Disponível em: www.bebesemfraldabrasil.com/e-book

Esse trecho acima é um dos tantos conteúdos do livro digital do Bebê sem Fralda Brasil, escrito por uma mamãe igualzinha a você que viu na HN centenas de bebês felizes e decidiu que compartilharia essa bênção. Adquirindo o livro, além de receber muitas informações de qualidade, você vai apoiar um projeto de uma mãe que propaga os benefício da parentalidade consciente, a disciplina positiva e a comunicação não violenta com crianças!

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